Para quem acha que lançar satélite, estudar física quântica, trabalhar em telecomunicações dia e noite, dar plantões de 72h por 4h de descanso é difícil, imagina você ter uma vida em suas mãos e ter que decidir imediatamente o que fazer para que ela não tenha sequelas e ainda mais, ir contra o que toda junta médica diz, desacreditar do diagnóstico tão sentencial. Aqui também digo que acredito muito na medicina tradicional, até mesmo porque há casos que precisamos, humildemente, de sua intervenção. Desta forma temos vamos torcer para que tenhamos a sorte de ter uma equipe que acredita em algo maior que máquinas e exames.
Há, exatamente, dois anos passei por um dos maiores desafio na minha profissão. Tinha acabado de me mudar para o Rio de Janeiro, estava aqui há uns 6 meses e ainda não conhecia nada, apenas um amigo que nos ajudou muito a chegar aqui, o nome dele é Marcus, um grande anjo-da-guarda. Um dia no jantar em sua casa conheci a Biatrice, hoje uma amiga linda. Trocamos nossos telefones, falei muito da minha profissão, do Ayurveda e sobre a decisão minha e de meu marido em vir morar aqui. O Jantar foi ótimo e assim nos despedimos em clima de um inicio de uma grande amizade.
Cheguei em casa e logo o telefone tocou. Era a Bia, uma amiga havia sofrido um acidente em casa, caiu de três andares, estava inconsciente, fratura exposta, aparentemente era isso. E assim começo nossa historia.
Em meio de muito nervoso, o resgate demorava a chegar, sei que para quem precisa um minuto parece horas, mas foi exatamente duas horas que o resgate chegou. Nesse momento já havia recobrado a memória, respondia bem aos comandos do sistema nervoso central, mas além da fratura exposta no antebraço, havia algo errado com suas pernas isso era visível. Ao Lado dela uma cadela de estimação da família que parecia entender a dor e o desespero, mas não deixava com que ninguém a removesse do local junto ao caseiro. Isso foi fundamental.
Resgate chegou, imobilizou e colocou de uma forma bem dolorosa o cotovelo no lugar.
Como já tinha experiências em trabalhos de resgate sabia que algo mais grave que isso havia acontecido.
Hospital, sala de cirurgia! Diagnóstico alem do que já sabemos, havia uma grande fissura na crista ilíaca que não poderia fazer uma cirurgia, pois o quadro não era favorável para isso, havia comprometimento de vísceras e deslocamento do útero.
Alta... chegou o dia de ira para casa e então passar por cima de todos os conceitos tradicionais.
Recomendação: ficar em repouso absoluto, para ver se o osso se regenerasse, mas com um grande risco de necrose. E olha, não deram certeza que voltaria andar e se andasse ficaria com a perna mais curta que a outra. Outra grande bomba era ter poucas chances de engravidar.
Foi então que eu e a Dani resolvemos a fazer um trabalho com o Ayurveda e a Yoga, mas para isso foi preciso abandonar tudo e seguir fielmente o tratamento que eu iria propor. Optamos pela dieta ayurveda e mudamos toda a cozinha, apliquei todo o conceito da escola de cirurgia do Ayurveda, utilizamos amarradura, atadura, muita oleação e muita manipulação. Mas foi tudo muito difícil e doloroso, porque sabe o que é ficar amarrada em uma cama imóvel durante 24h? Sabe o que é ficar amarrada por dias? Tomando banho e sol nestas condições? E isso foi durante um grande período. Passamos dia e noite, noite e dia juntas, meu tempo era exclusivo para isso e para os estudos do ayurveda, aqueles que ainda nem pensamos que tem, e que nunca vimos ser aplicado aqui no ocidente. Fomos buscar, nos mais remotos textos sagrados, ensinamentos e ajuda para reverter o diagnóstico.
O tempo passou, e no dia do aniversario da Dani, fizemos uma festa bem temática a mesa do bolo era sua cama hospitalar, parece estranho, mas era o que podíamos fazer no quarto nesse momento. Nesse período ela já repousava em sua cama.
Mas ai vem a emoção, na hora do parabéns, segurei na mão da Dani junto com sua mãe Célia, que estava mais nervosa que nós duas, então Dani se levantou e deu seu primeiro passo. Renasceu a possibilidade de caminhar. Eu já não tinha duvidas, pois o diagnóstico palpatório que eu fazia não havia mais fissura.
Neste momento a Dani, teve que reaprender a andar, muito tempo acamada fez com que não se estabilizasse em pé, e esse era o risco de se machucar com queda. Procuramos um fisioterapeuta que acreditava em algo amais para reabilitação e aprender a andar. Foi um excelente trabalho.
Chegamos a onde não acreditaram que podíamos chegar. Lógico, com apoio da família, o carinho da cadela querida onde não saia de nosso lado nas sessões, dos funcionários da casa que nos ajudavam com a locomoção e alimentação correta, com as inúmeras visitas de amigas que se revezavam para dormir e ajudar no trabalho noturno e o mais importante Deus que nos guiou para o sucesso da recuperação.
Hoje Dani esta grávida, uma gestação perfeita, sem resquício e sequelas do quadril, o bebe nascerá de parto humanizado e eu estarei presente, participando do parto e vendo chegar ao mundo um Bebê lindo, saudável e amadíssimo.
Dani, obrigada por me dar a chance de aprender com você.
Hoje dia 07/07 foi o dia em que você andou sozinha sem apoio pela primeira vez, que mexeu o punho e que dobrou o cotovelo, momento inesquecível! .
Viva a vida!
Linda historia de superação, amor e amizade. E o poder do Ayurveda. Cris e sobre cancer no figado? Como a ayurveda pode ajudar. Estou postando como anonimo, estou com problema no google , meu bloghttp://meuolharsobre.blogspot.com/
ResponderExcluirUm grande abraço