Os Rishis, grandes sábios receptores do conhecimento através da intuição, perceberam que a consciência era energia manifestada dentro dos cinco princípios ou elementos básicos. Éter (espaço), Ar, Fogo, Água e Terra. Esse conceito dos cinco elementos repousa no coração da ciência Ayurvédica. Os rishis perceberam que no início do universo, esses elementos existiam em um estado de consciência não-manifestado. Desse estado de consciência unificada, as vibrações sutis do som silencioso cósmico AUM manifestaram-se. A partir dessa vibração, primeiramente apareceu o elemento Éter. Esse elemento etéreo começou então a movimentar-se; seus movimentos sutis criaram o Ar, que é o Éter em atividade. O movimento do Ar produziu a fricção e através dessa fricção o calor foi gerado. Partículas de calor/energia coordenaram-se para formar uma luz intensa e dessa luz manifestou-se o elemento Fogo. Assim, o Éter manifestou-se no Ar e foi mesmo Éter que, posteriormente, expressou-se em Fogo. Através do calor do Fogo, certos elementos etéreos dissolveram-se e liquidificaram-se, manifestando o elemento Água, solidificando-se depois para formar as moléculas da Terra. Dessa forma, o Éter revelou-se dentro dos quatro elementos – Ar, Fogo, Água e Terra.
A Água é o quarto elemento do corpo. Manifesta-se nas secreções dos sucos digestivos e glândulas salivares , membranas mucosas, no plasma e no citoplasma. A Água é absolutamente vital para o funcionamento dos tecidos, dos órgãos e dos vários sistemas do corpo, principalmente as funções eletroquímicas e as percepções dos sabores na língua. Apesar de aparecer somente nos doshas Pitta e Kpha, ela se movimenta devido a influência do Vata, isto é bem abordado nos Sutras.
No Sutra II:49
O elixir da vida é produzido pelos cinco elementos primários, que são seus materiais mais crus, a Terra é a base para produção o éter age como distribuidor de energia, o ar é ativado no processo da respiração (inspiração e expiração). Isto cria uma fusão dos elementos Água e fogo, que são por natureza opostos um por outro que resulta na produção da energia elétrica, conhecida como a força da vida, em sânscrito é chamado Ojas.
A geração e a distribuição do prâna no sistema humano podem ser comparadas ao da produção e funcionamentos da energia elétrica, a Água retida no corpo é Água parada e a Água que corre, tem uma força dinâmica que distribui vida ou a gera, a Água correndo com uma pouca força não pode gerar eletricidade, através da construção de um reservatório a Água cai nas turbinas com muita força e velocidade e produz a energia, esta energia das Águas caindo é feita para rodar as turbinas dentro do campo magnético para gerar eletricidade e a força pode ser reduzida ou aumentada pelos transformadores que regulam a voltagem da corrente, daí é transmitido para cabo de luz para acender a cidades e as máquinas funcionarem, Prana é como essas Águas que caem e geram forças.
O Fluxo inadequado não produzirá eletricidade, assim também é nosso organismo, a respiração normal não produz eletricidade, por isso estamos sofrendo estresses e dores causados pela má circulação que compromete saúde e felicidade. A Corrente não é suficiente. Na pratica do pranayama estendemos a respiração e assim a Água e o fogo fazem o papel de união, e este contato libera uma nova energia chamada pelos iogues de energia divida, ou energia do prana.
O Prānāyāma visto pelo elemento Água é o elo de ligação entre o organismo e o sistema fisiológico do homem e da sua dimensão espiritual.
Para quem nunca fez Prānāyāma e se interessa, procure ajuda de um profissional de yoga, meditação ou ayurveda, para que possa praticar corretamente.
Boa prática a todos!
Cris
Prānāyāma é o quarto ramo do Raja Yoga exposto no Yoga Sutras de Patañjali. Prana é a fonte de energia, forma sistemática Patañjali precede do revestimento externo do ser humano e procede até o mais tênue das sua camadas. Respiração e mente são interdependentes e interpenetrantes
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